Nome: Sertão - edição crítica
Autor: Coelho Neto
Categoria: contos/horror/gótico/clássicos
Formato: 21 x 14 cm, capa dura, fitilho marcador e pintura trilateral
Páginas: 288
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Publicado em 1896 e mesclando a poética regionalista, o folclore nordestino e a tradição da literatura gótica, Sertão brinda o leitor brasileiro com 7 narrativas insólitas, assombrosas e macabras.
Diferente dos castelos labirínticos dos romances ingleses, Coelho Neto situa seus terrores e fantasmas nas matas embrenhadas, nas taperas sertanejas, nos casarões das fazendas abandonadas e à beira de estradas e pântanos, onde mortos são enterrados.
Nesses cenários assombrosos e tipicamente brasileiros, os personagens, em sua maioria negros, caboclos e pobres, encarnam o verdeiro horror da herança colonial. Numa cultura rica em misticismo e religiosidades, mas assombrada também pelo sofrimento das secas, da miséria, da fome, doenças e morte, Coelho Neto já foi considerado o Edgar Allan Poe brasileiro.
A nova edição crítica foi revisada conforme o Novo Acordo Ortográfico, além de incluir uma apresentação do organizador Ismael Chaves, ensaios dos pesquisadores Alexander Meireles da Silva e Mauricio Cesar Menon, entrevista com Juliana Coelho Netto (bisneta do autor), ilustrações de Eduardo Monteiro, notas sobre a primeira edição de "Praga" publicada em livro (1894), primeira versão do conto "Praga" em folhetim, inédita em livro (1890), resenhas de jornais da época, fotografias e bibliografia do autor.
HENRIQUE MAXIMILIANO COELHO NETO nasceu Caxias, no Maranhão, em 20 de fevereiro de 1864, e faleceu no Rio de Janeiro em 1934. Foi um cronista, contista, folclorista, romancista, crítico, teatrólogo, político e professor. Foi considerado o Príncipe dos Prosadores Brasileiros, numa votação realizada em 1928 pela revista O Malho. Membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, escreveu mais de 120 livros, entre romances, contos, crônicas e teatro.
Mais famoso que seu contemporâneo Machado de Assis, foi um dos poucos escritores da época a ter sua obra traduzida para diversos países. Em 1915, foi lançado em Berlim, na Alemanha, Der tote Kollektor: Novellen aus der Welt des Grauens (ou, O colecionador de mortos: histórias curtas do mundo do horror), uma coletânea com alguns dos seus contos macabros.
Coelho Neto participou de movimentos abolicionistas e foi um dos primeiros autores a manifestar preocupações ecológicas, escrevendo contra o desmatamento e as queimadas na Amazônia.
Apesar de ser o autor mais lido de sua época, foi atacado pelo Movimento Modernista no início do século XX, que o considerava “ultrapassado” e, portanto, uma ameaça para a renovação da Literatura Brasileira. Sendo pouco lido desde então, e caindo em verdadeiro ostracismo intelectual e literário, a maior parte de sua vastíssima obra se encontra esgotada há décadas. A maioria de seus livros estão inacessíveis e os poucos que podem ser encontrados em sebos são edições portuguesas. Por conta disso, seu nome, bem como sua história, estão ausentes da maioria dos livros didáticos e das referências escolares e acadêmicas.